quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Dirigir com consciência ajuda a contribuir com o meio ambiente

Por meio de ações preventivas e tecnologia, é possível reduzir as emissões 
de carbono e custos operacionais da frota

Para preservar o meio ambiente, uma das alternativas é saber como dirigir, ou seja, usar recursos de "ecodriving", que é uma forma de direção que reduz o impacto nos deslocamentos, independente do porte do veículo.

Luiz Munhoz, diretor da Mix Telematics, uma das líderes mundiais de telemetria, explica que os veículos causam impacto no ambiente queimando combustível, liberando gases tóxicos na atmosfera e também pelo desgaste das peças, pastilhas de freio, pneus e óleo do motor queimado.

“Dirigir com consciência é fundamental e as empresas que possuem frotas, independente do ramo, precisam saber o quando a má direção traz prejuízos não só para seus bolsos, mas para o meio ambiente”, diz.

O executivo ainda explica que, em termos de impacto ambiente, as soluções da MiX Telematics ajudam os operadores de frota a controlar e reduzir o consumo de combustível, levando a redução de emissões de carbono e de economia nos custos operacionais da frota. "A Iniciativa de Compensação de Carbono da Mix ainda ajuda a assumir a responsabilidade pela pegada de carbono da frota; o serviço envolve o cálculo do impacto ambiental e o processo de compensação de suas emissões por meio do investimento em projetos certificados de redução de carbono", explica.

Para dirigir com consciência, Munhoz dá algumas dicas:

  • Utilizar a faixa verde: Os veículos possuem uma faixa ideal de rotação para serem mais econômicos e o motorista deve trocar as marchas de forma a se manter  dentro dessa faixa de rotação. Nos carros de passeio a rotação fica normalmente entre 1500 e 3500 RPM, já nos  caminhões a faixa é mais baixa - de 1000 a 2400 RPM -, normalmente o veículo possui um conta-giros e a faixa está assinalada com fácil identificação;
  • Utilizar o freio motor: a regra básica é utilizar a mesma marcha para descer uma ladeira e para subir. Não desça uma ladeira em ponto morto, pois isso irá obrigar a utilização excessiva dos freios que podem esquentar e perder a sua efetividade, além de gastar as pastilhas de freio muito mais rapidamente (os resíduos delas são altamente tóxicos);
  • Abastecer em postos conhecidos: o combustível adulterado altera drasticamente o desempenho do motor, aumenta o consumo e reduz a sua vida útil. Dessa forma, o ideal é eleger alguns postos de combustível e sempre abastecer nos mesmos;
  • Fazer a manutenção periódica: o veículo em condições ideais de funcionamento gastará pouco e poluirá menos, além de ser mais seguro. Troque regularmente o óleo do motor, os filtros do veículo, filtro do óleo, do ar e do combustível. Filtros sujos aumentam o consumo e reduzem a vida útil do motor;
  • Dirija de forma preventiva: enquanto dirige, observe o trânsito atentamente tentando antever os problemas. Não fique muito próximo do veículo da frente e procure vislumbrar como o trânsito está se desenvolvendo.  Acelerações e freadas bruscas provocam aumento expressivo no consumo de combustível. Por isso, procure dirigir da forma menos agressiva possível, é mais seguro, é mais agradável, consome menos e reduz o desgaste e manutenção do seu veículo;
  •  Planeje o seu roteiro: antes de sair estude o caminho, mapas etc., mesmo se for utilizar um navegador. Isso evita voltas desnecessárias, que irão aumentar o tempo do percurso e gastar mais combustível. Procure fazer o roteiro fora de horários de pico, início do dia e final da tarde, quando o trânsito intenso irá aumentar o consumo.
  • Reduza a velocidade: saia em tempo suficiente para fazer o seu caminho com uma velocidade menor. Uma redução de 10% na velocidade pode ter impacto de mais 25% no seu consumo. Além disso, a velocidade é a maior causadora de acidentes;
  • Utilize sistemas de navegação: Os navegadores identificam o tráfego e indicam os caminhos mais rápidos. O trânsito reduz muito o desempenho do seu veículo e aumenta muito o consumo;
  • Sempre que possível, utilize meios de transporte coletivo ou divida o trajeto com os colegas:  isso reduz o número de carros nas ruas e, consequentemente, trânsito e poluição;
  • Utilize um veículo adequado a sua necessidade: grandes veículos, SUV´s para uma pessoa se deslocar sem carga, são uma forma de gasto de combustível desnecessária. Prefira um veículo compatível com sua necessidade, pois irá gastar menos combustível e seguro.

Assessoria de imprensa da Mix Telematics
Atitudes simples ajudam produtores a economizar água na lavoura

Economia pode ser de até 20%

Além dos prejuízos que a falta de água pode trazer as pessoas, outro setor bastante afetado com a estiagem é a agricultura. Sem água para irrigar as plantações, agricultores sofrem para manter a colheita e a saúde das plantas, podendo perder toda a plantação. Além disso, o impacto da irrigação é enorme para as reservas de água: estima-se que 60% de toda a água doce no mundo é usada para irrigação.

Uma solução para economia de água que tem virado tendência é o uso de telas agrícolas, que controla a entrada de radiação ultravioleta na lavoura, o que equilibra a temperatura e o consumo de água pela planta. "As versões com aditivos, como o alumínio, chamadas de Aluminet, reduzem em até 20% o consumo de água pela planta no verão e, no inverno, diminuem a necessidade de energia, já que controlam o microclima da plantação", explica Natália Ravanhani, consultora e diretora da STM (www.stmtelasagricolas.com.br). A especialista explica que o custo benefício é bastante interessante para o agricultor. "É um baixo investimento para uma economia de um quinto da água consumida, além de energia e outros benefícios, como ganho em produtividade e qualidade na plantação", explica.

Confira outras dicas para economizar água na lavoura


• Investir em um sistema para armazenar água da chuva
• Técnicas de agricultura sustentável que utilizam o gotejamento de água, por exemplo, podem economizar entre 40% à 50% de água e ter o mesmo resultado

• Utilizar métodos e equipamentos de irrigação poupadores de água.
• Trocar peças defeituosas do sistema de irrigação que possam estar comprometendo a economia de água
• Implantar medidas de controle de erosão do solo.

Agência NoAr
mariana@agencianoar.com.br

 Lima não será um fracasso, na avaliação da Fiesp, que participa da COP20, no Peru
 
Negociações avançam e ainda que o resultado seja um rascunho zero, ele será a base de documento de decisão no primeiro semestre de 2015, em Bonn

As negociações que ocorrem em um evento como a COP20, em Lima, Peru, envolvem interesses multilaterais de 195 países e carregam uma complexidade própria. Por isso, é preciso traduzir suas determinações para o setor produtivo.
A participação da Fiesp na Convenção do Clima tem esse objetivo, ressalta Marco Antonio Barbieri, diretor de meio ambiente e integrante do Comitê de Mudança do Clima da Federação, pois "as negociações são recheadas de mecanismos quanto à parte técnica, científica e de financiamento que guardam interesses de cada nação, que não contemplam apenas questões ambientais, mas sobretudo econômicas".
Na defesa, junto aos negociadores brasileiros, das posições adotadas pela indústria e pelo agronegócio, entende-se que a sociedade como um todo, mais os setores industrial e agrícola, pagarão a conta de possíveis futuros acordos e este é o cerne da questão. "As negociações podem trazer riscos para a indústria. É preciso compreender como poderemos identificá-los e transformá-los em oportunidade", reforça Barbieri.
Quanto aos rumos da negociação em Lima, a avaliação é que houve uma evolução das Convenções anteriores para a que está sendo realizada agora, apesar do cenário mais complexo: "ainda existe a percepção de que os países desenvolvidos têm de fazer tudo quanto às responsabilidades comuns, porém diferenciadas. O certo é cada um fazer dentro da sua possibilidade", explica o diretor da Fiesp.
Há pontos relevantes de atenção para a indústria, como mecanismos de financiamento e a transferência de tecnologia para que se realizem os ajustes necessários, mas que merecem bons acordos. O caso do Fundo Verde é um deles, com aporte previsto na casa dos US$ 100 bilhões até 2020, teve entrada de apenas 10. O Fundo foi criado em 2010, com os acordos de Cancún, com o objetivo de receber fundos públicos e privados, doações e empréstimos.
A proposta brasileira conceitual de diferenciação concêntrica, os chamados círculos concêntricos, apresentada pelo Ministério de Relações Exteriores, abre a possibilidade de inserção de diversos países integrantes, posicionando-os e direcionando-os para o centro, para uma meta, ou seja, indicando onde estão e aonde devem chegar. "A visão que muitos países têm da proposta brasileira é interessante e o nosso país vai insistir para que esse conceito seja colocado nas negociações", analisa Barbieri.
Para o diretor da Fiesp, as negociações em Lima caminham para um novo acordo, essencial para o encontro de Paris: "ele é fundamental e o apoiamos efetivamente, mas ele não pode criar barreiras comerciais. Entendemos que os negociadores brasileiros estão afinados nesse aspecto com as necessidades do país".
O saldo positivo desse encontro de Lima é que não sairá um acordo final, mas sim um draft, um rascunho zero, o que poderá desencantar a sociedade que aguardava uma decisão mais enfática. Na verdade, o draft sinaliza a efetivação de um documento de decisão em Boon, no primeiro semestre do ano que vem, e que este será um documento da COP e não dos co-chairs. Ainda na avaliação de Barbieri, "Lima não será um fracasso, pois estão sendo construídos os pilares para a COP 21, em Paris".  

* Solange Borges - em cobertura no Peru


Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP
Assessoria de Jornalismo Institucional
Tels. (11) 3549.4203 / 4602

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Eventos - Resíduos Sólidos / Lixo Zero

PROGRAMAÇÃO SETEMBRO / OUTUBRO 2014

http://iswa2014.org/

http://www.rwmbrasil.com.br/
                             ​
 


Apoio: 

http://www.rederesiduo.com.br

 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Missão Califórnia LIXO ZERO 2014



Para saber mais:

Programação da Viagem (clique na imagem abaixo)

 
Apresentação da Viagem - Missão Califórnia LIXO ZERO 2014

Relatório da Viagem - Missão Califórnia LIXO ZERO 2013

Para mais informações e inscrições:
Amanda Bordin - amanda.bordin@ilzb.orb
+55 48 9989.8177 - ilzb.org

terça-feira, 29 de julho de 2014

LIXO ZERO no Futebol, exemplo a ser seguido

Foto: ILZB/SP - DIvulgação



No campo São José 2 x Santo André 4
Na arquibancada São José 10 x Lixo ZERO

No jogo de hoje o time do São José Esporte Clube perdeu do Santo André por 4 x 2, mas a torcida deu um exemplo de cidadania e ganhou de 10 x ZERO.

Este foi o primeiro resultado do CompromissoRumo ao Lixo Zero, assinado ontem com Instituto Lixo Zero Brasil, mostrando que, além de estarem comprometidos com o esporte, com a sociedade e com a sustentabilidade, a Torcida Mancha Azul vai fazer com que os jogos do São José Esporte Clube, realizados no Estádio Municipal Doutor Mário Martins Pereira, em São José dos Campos, sejam LIXO ZERO, evitando o envio de resíduo para aterros ou incineradores. .

Participam desta iniciativa: a Urbanizadora Municipal SA (URBAM), o São José Esporte Clube, a Casa Soccer e o INSTITUTO LUIZ GAMA e como parte deste programa estão previstas, entre outras, as seguintes atividades:

  • Disposição de recipientes para a coleta seletiva.
  • Participação da torcida na retirada e separação dos resíduos após a partida.
  • Analise sobre tipos e quantidades de resíduos após os jogos.
  • Campanhas na mídia e nos estádios, antes, durante e depois dos jogos.
Os resíduos recicláveis coletados serão destinados ao Fundo Social do Município.

Os rejeitos serão coletados e destinados pela URBAM - Urbanizadora Municipal S/A de São José dos Campos.
Segundo Rodrigo Sabatini, Presidente do Instituto: “O futebol é um agente de transformação da sociedade e que a adoção de uma META de redução da quantidade de resíduos gerados nos jogos vai motivar os torcedores e os cidadãos de São Jose dos Campos na construção de uma cidade Lixo Zero”.

Francisco Luiz Biazini Filho, diretor da RedeResíduo, presente ao vento, elogiou a iniciativa e ressaltou; "Todas as Torcidas Organizadoras e os gestores de Arenas e Estádios brasileiros deveriam seguir este exemplo, o resultado sempre será positivo para todos"

Entidades participantes da ação:

Torcida Mancha Azul (GRÊMIO RECREATIVO CULTURAL TORCIDA MANCHA AZUL), fundada em 1987, conta com 1300 torcedores sócios. Presidente Marcus Vinicius Maciel Simões;

Urbanizadora Municipal SA (URBAM), empresa de coleta de resíduos domiciliares e operadora do aterro sanitário. Presidente Boanésio Cardoso Ribeiro;

São José Esporte Clube, de São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, fundado em 13 de agosto de 1933, em 1989 foi vice-campeão do Paulistão, vice-campeão do Brasileiro Série B, conquistou diversos torneios regionais em uma vitoriosa excursão pela Europa. Diretor Jurídico José Renato Azevedo Luz;

Casa Soccer, gestora do futebol profissional do São José Esporte Clube. Gestor do Clube, Junior Moraes;

Instituto Luiz Gama, associação civil sem fins lucrativos. Atua na defesa das causas populares, com ênfase nas questões sobre os negros, as minorias e os direitos humanos. Presidente Renato Aparecido Gomes;

Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), sociedade civil autônoma, sem fins lucrativos,com a responsabilidade de difundir o conceito Lixo Zero no Brasil , filiada à Zero Waste International Alliance (ZWIA). Presidente Rodrigo Sabatini;

O São José, entra em campo pela Copa Paulista, jogando em casa no próximo domingo dia 3 e enfrenta o Juventus de São Paulo e novamente, assim como em todos os jogos que serão realizados no Estádio Martins Pereira, serão realizadas as ações de retirada e separação dos resíduos, pela torcida Mancha Azul, após a partida

Seguem links para fotos e vídeo

Para mais informações: imprensa@mercadoambiental.com.br

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Palestras do Seminário de Resíduos Sólidos: Desafios da gestão empresarial




Seguem abaixo os links para download das palestras proferidas no Seminário de Resíduos Sólidos: Desafios da gestão empresarial realizado na FASM - Faculdade Santa Marcelina - Campus Itaquera no dia 24 de junho de 2014, promovido pelo FDZL - Fórum de Desenvolvimento da Zona Leste.


Os serviços de limpeza urbana na cidade de São Paulo por Walter de Freitas da ECOURBIS - clique para download





Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo por Silvano Silvério da AMLURBclique para download





Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos por José Valverde Machado Filho do Instituto Cidadania Ambiental - clique para download




Gestão de Resíduos - oportunidade para criar valor sustentável e riqueza por Francisco Luiz Biazini Filho da REDERESÍDUO - clique para download




terça-feira, 10 de junho de 2014

Seminário de Resíduos Sólidos: Desafios da gestão empresarial


O Seminário de Resíduos Sólidos: Desafios da Gestão Empresarial discute caminhos e condições para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. As mesas compostas por Poder Público, Empresariado e Academia estão direcionadas para identificação de oportunidades e de meios para que haja convergência entre Mercado, Estado e Sociedade. 


Público-alvo: 150 vagas disponíveis para empresários da Zona Leste


Inscrição Gratuita - Vagas Limitadas
Para se inscrever clique aqui

Para mais informações fdzleste@gmail.com

Apoio de Divulgação


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Especialistas nacionais e internacionais mostram caminhos para a destinação adequada dos resíduos secos

São Paulo será o palco de três importantes eventos sobre um dos temas mais urgentes relacionado a sustentabilidade: o lixo. De 12 a 14 de maio, acontecerá na cidade, respectivamente, o Seminário Legislação para o Lixo Zero, o 5º Fórum Nacional de Resíduos Sólidos e o Fórum Internacional Cidades Lixo Zero.
No dia 12, o debate ocorre em âmbito local e reúne legisladores de São Paulo e palestrantes numa conversa aberta ao público sobre o plano municipal de resíduos sólidos. Além do presidente da Câmara, José Américo, e Ricardo Young, Presidente da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade, estarão presentes também palestrantes internacionais que vão apresentar experiências para a constituição de cidades lixo zero.
O conceito é usado para designar cidades que recolhem de forma adequada todos os seus resíduos e realizam o processo de forma a fazê-los retornar a cadeia produtiva, evitando o envio de materiais para aterros ou incineradores.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é o tema do encontro, no dia 13 de maio, entre gestores públicos e de empresas privadas, industriais, construtoras, acadêmicos e investidores que vão compartilhar experiências sobre a implantação da lei. Nesta edição, serão discutidos temas como a viabilidade econômica da indústria recicladora, oportunidades de negócios para as empresas de saneamento e de tratamento de resíduos, impactos na competitividade da indústria com os acordos de logística reversa, entre outros. Entre os palestrantes, estará presente Fernando Von Zuben, da Tetra Pak, Mauricio Moura Costa, Bolsa Verde Rio e Boanesio Cardoso URBAM (Prefeitura de São José dos Campos).
Já o Fórum Internacional Cidades Lixo Zero, no dia 14, irá apresentar os diversos aspectos de uma sociedade que opta por estabelecer a meta para um mundo sem lixo.  Especialistas mundiais em gestão de resíduos sólidos e gestores de cidades que implementaram o Programa Lixo Zero contarão experiências concretas. O público ainda terá acesso a tecnologias e inovações aplicadas nos cinco continentes. A programação conta também com palestras,  painéis, apresentação de casos, atividades e oficinas.
Os eventos fazem parte da iniciativa do Instituto Lixo Zero Brasil, uma organização da sociedade civil autônoma sem fins lucrativos, integrante da ZWIA - Zero Waste International Alliance (Aliança Internacional para o Lixo Zero) movimento internacional de organizações que disseminam o conceito no mundo, e da VIEX Americas, a primeira organização brasileira especializada na distribuição de informações empresariais para os setores de energia elétrica, recursos naturais e infraestrutura.
Serviço:
Seminário Legislação para o Lixo Zero
Dia: 12 de maio de 2014, das 10h às 17h
Local: Câmara Municipal de São Paulo -  Rua Maria Paula, 100
Entrada gratuita – Inscrições pelo site: www.viex-americas.com
5º Fórum Nacional de Resíduos Sólidos
Dia: 13 de maio de 2014, das 9h às 18h
Local: Espaço Apas -  Rua Pio XI, 1200, Lapa
Inscrições pelo site: www.viex-americas.com
Fórum Internacional Cidades Lixo Zero
Dia: 14 de maio de 2014, das 9h às 18h
Local: Espaço Apas -  Rua Pio XI, 1200, Lapa
Inscrições pelo site: www.viex-americas.com
Apoio de Divulgação
http://www.mercadoambiental.com.br
 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Empreendedorismo na economia verde

*Marcus Nakagawa

Você já se imaginou trabalhando para um negócio que fará parte da próxima tendência econômica? Já pensou em um empreendimento que esteja dentro de um dos seis setores mais promissores, sendo que o seu mercado triplicará até 2020 atingindo 2,2 trilhões de dólares, de acordo com a ONU?

Pois bem, esta é a economia verde, uma iniciativa que foi lançada pelo PNUMA – Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente, em 2008, que visa mobilizar e reorientar a economia para investimentos em tecnologias verdes e infraestrutura natural. Este movimento possui apoio de economistas e tem as seguintes estratégias: valorizar e divulgar os serviços ambientalmente corretos para consumidores; gerar de empregos no marco dos empregos; definir políticas nesse sentido; desenvolver instrumentos e indicativos do mercado capazes de acelerar a transição para uma economia verde.

Um dos setores que foi colocado na economia verde é a agricultura. Para este setor existe uma expectativa que o mercado mundial dos produtos alimentícios e de bebidas orgânicas duplique até 2015, chegando a 105 bilhões de dólares. Por exemplo, quando o famoso chá mate Leão, que agora é uma das marcas de bebidas não gaseificadas da Coca-Cola, resolve ter uma linha orgânica é que a tendência está se massificando.

Outro setor é das energias renováveis com os biocombustíveis, energia eólica, solar fotovoltaica, entre outros. Esta área começa a aparecer também no nosso país, não só pelo biocombustível da nossa cana de açúcar, mas também as paisagens que já veem sendo modificadas pelos grandes cataventos no nordeste e em outras regiões do país. Além disso, feiras como a Enersolar +Brasil 2013, que aconteceu em julho, em São Paulo, ganha maior visibilidade e, cada ano, mais expositores e visitantes.

Em um outro setor desta economia está o turismo, principalmente o ecoturismo, que está crescendo muito no país, com agência especializadas e pacotes específicos para a grande massa. De acordo com a Organização Mundial do Turismo, enquanto o turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo supera os 20%.

A pesca certificada e a aquicultura também estão sob os holofotes,  com uma captura anual de 18 milhões de toneladas de peixes e frutos do mar, ou seja, cerca de 17% da pesca internacional.

O setor florestal não poderia deixar de estar nesta economia, fundamentalmente quando falamos em florestas certificadas e com processos que estejam dentro dos parâmetros mundiais de manejo.

E, por último, a indústria e suas práticas de sustentabilidade para garantir os negócios dentro das cadeias de fornecimento internacional. Neste sentido, pode-se observar o aumento de empresas certificadas com a ISO 14.001 referente ao respeito ao meio ambiente. Além do aumento de consultores e o mercado em torno deste tema.

Portanto, existe uma nova economia para aquele empreendedor que quer juntar algumas crenças e valores ambientais com o tipo de negócio que desenvolverá. E ele será o empreendedor da economia verde, que crescerá ainda mais e passará a fazer parte da vida das próximas gerações.

*Marcus Nakagawa é sócio-diretor da iSetor, professor da ESPM, presidente do conselho deliberativo e idealizador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade e palestrante sobre estilo de vida sustentável, sustentabilidade e responsabilidade social (marcus@isetor.com.br).


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Diversão e Arte? Não, Rolezinho


Por: Professora Vivian Ap. Blaso S. S. César, Doutoranda e Mestre em Ciências Sociais Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Diretora da Agência de Relações Públicas Conversa Sustentável.

Email: vivianblaso@uol.com.br  


A partir dos anos 90 até os dias de hoje, São Paulo passou por períodos de grandes mudanças, pois na região metropolitana houve uma desconcentração das atividades industriais e uma reestruturação das atividades terciárias, consequência da globalização. 

A metrópole transformou-se e ficou conhecida como capital dos serviços. Com isso, a segregação espacial tornou-se evidente, e os processos de favelização e o adensamento das populações de baixa renda concentraram-se nas periferias da cidade.
 
Vamos destacar alguns fatores que foram responsáveis pela mudança do perfil da cidade, articulados ao setor imobiliário, que é considerado um dos agentes indutores dos processos de concepção e transformações das cidades:
        
  • A competitividade do setor na construção civil e o "esgotamento do modelo de financiamento à produção" - as construtoras e incorporadoras passaram a ser agentes de financiamento aos consumidores; 
  • Abertura econômica e reorganização da economia em bloco;
  • Mudança nas relações entre capital e trabalho;
  • Mudanças no ambiente competitivo global;
  • Mudanças no perfil do consumidor brasileiro;
  • Novas formas de financiamento estavam ligadas às necessidades de retorno e margens adequadas para assegurar a atratividade do mercado; 
  • Novos parâmetros de projeto e execução das obras - o Estado também passou a ser agente financiador da construção civil;
  • Número elevado de competidores na produção - em função da concorrência os preços são impostos pela demanda; 
  • Integração entre todos os agentes do setor.
Nesse contexto, os shoppings centers foram concebidos para garantir às elites um local privilegiado para o consumo. Promessas de segurança, conforto, lazer, como explicado por Tereza Caldeira e ratificado por Zygmunt Bauman em seu livro Confiança e medo na cidade, mostram-nos como a relação centro/periferia provocou uma tensão que colocou a classe média em risco de acabar vítima de um processo que não conhece e de perder o "bem-estar" conquistado no decorrer das últimas décadas. Essa dinâmica estrutural da ocupação das cidades e a forma como as cidades montam e desmontam seus espaços de elite, excluindo para as periferias as populações menos privilegiadas, acabam gerando conflitos e a segregação. 

Os shoppings centers atendem à nova proposta estética de segurança para as cidades globais, pois elas pressupõem certa vigilância. Segundo Bauman, "as cidades contemporâneas são campos de batalha, nos quais os poderes  globais e os sentidos e identidades tenazmente locais se encontram, se confrontam e lutam tentando chegar a uma solução satisfatória ou pelo menos aceitável para esse conflito: um modo de convivência que espera-se possa equivaler a uma paz duradoura, mas em geral se revela antes um armistício, uma trégua útil para reparar as defesas abatidas e reorganizar as unidades de combate.

É esse confronto geral, e não algum fator particular, que aciona e orienta a dinâmica da cidade na modernidade líquida - de todas as cidades, sem sobra de dúvida, embora não de todas elas no mesmo grau" (Bauman, p. 35, 2005).

Os "rolezinhos" têm chamado a atenção da sociedade,  incomodado as elites tirado os dirigentes dos shoppings centers da zona de conforto, e o medo desse novo fenômeno na sociedade brasileira faz com que a polícia reaja com ações truculentas, violentas e opressoras.

Jovens considerados da "periferia" ocupam os templos do consumo. Conectados em redes sociais, articulam-se e manifestam seus desejos, vontades e pensamentos sobre marcas, produtos e serviços. Talvez eles tenham encontrado nessas redes um dos espaços mais democráticos e de mobilização, que vem mediando as manifestações e a luta por garantia de direitos e fazendo renascer o desejo por mais cidadania. 

Os jovens participantes dos "rolezinhos" também são consumidores. De acordo com o sociólogo e especialista em comportamento do consumidor Fábio Mariano Borges, "todos nós somos consumidores, mesmo quando não nos damos conta. Os diferentes papéis que desempenhamos na vida contemporânea nos colocam claramente como consumidores ou, então, como responsáveis por um tipo de consumo". 

Os jovens praticantes dos "rolezinhos" são estrangeiros? 

"O estrangeiro é, por definição, alguém cuja ação é guiada por intenções que, no máximo, se pode tentar adivinhar, mas que ninguém jamais conhecerá com certeza. O estrangeiro é a variável desconhecida do cálculo das equações quando chega a hora de tomar decisões sobre o que fazer"  (Bauman, p. 37, 2005).

Não, os praticantes dos "rolezinhos" são os vizinhos que estão separados por muros.

Refugiar-se em ilhas de segurança, como os condomínios fechados, é a prova de que nós consumidores estamos atendendo à demanda proposta para as novas cidades. 

"A cidade sempre teve relações com a sociedade no seu conjunto, com sua composição e seu funcionamento, com seus elementos constituintes (campo e agricultura, poder ofensivo e defensivo, poderes políticos, Estados etc.), com sua história. Portanto, ela muda quando muda a sociedade no seu conjunto. Portanto, as transformações da cidade não são os resultados passivos da globalidade social, de suas modificações. A cidade depende também e não menos essencialmente das relações de imediatice, das relações diretas entre pessoas e grupos que compõem a sociedade (famílias, corpos organizados, profissões e corporações etc.); ela não se reduz mais à organização dessas relações imediatas e diretas, nem suas metamorfoses se reduzem às mudanças nessas relações" (Henri Lefebvre, 1999).

Por isso, é necessário romper com a visão dualista entre centro e periferia e caminharmos na direção de um pensamento que religue esses polos, o jovem de elite e o jovem da periferia; as relações estão entrelaçadas, interconectadas e interdependentes e fazem parte de um mesmo fenômeno: "rolezinho".

Encerro esta reflexão com a letra da música Comida, da banda Titãs, para lembrar que a nova classe C no Brasil deseja todo tipo de consumo e inserção na vida em redes. Provavelmente, os jovens dos "rolezinhos" não querem só comida; eles também querem diversão e arte.    

"A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer"  
 
Bibliografia 
BAUMAN, Zygmunt. Confiança e medo na cidade. Trad.Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.  
LEFEBVRE, Henri. A revolução urbana. Trad. Sérgio Martins. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999.